Que Futuro para o e-Learning? Irá o e-learning ultrapassar o regime de ensino presencial?


Susan Simth Nash em
«Leadership and the e-Learning Organization» (2006), diz que será difícil saber exactamente o que vai acontecer, no entanto, parece que em Portugal se começa a ter alguma confiança neste tipo de ensino.

O seu artigo relembra as tendências relacionadas com a aprendizagem que já tiveram a sua importância no mundo.
Nash (2006) diz então que o conhecimento está a expandir-se a uma velocidade incrível. Num dia estamos muito mais expostos a uma maior quantidade de informação do que os nossos avós estiveram em toda a sua vida. Se antigamente se valorizava sobretudo a memorização de factos, agora terá muito menos importância. Será bem mais relevante saber utilizar essa informação e analizá-la para tomada de decisões.

Para os novos trabalhos ou carreiras da Sociedade da Informação, será preciso um conhecimento pleno do uso das novas ferramentas para se poder trabalhar. A aprendizagem ao longo da vida será um investimento que qualquer pessoa deve fazer para ser competitiva. Não valerá mais a pena aprender algo com a esperança que será preciso um dia. A aprendizagem será feita mais à medida que a necessidade surja e assim a aprendizagem torna-se mais significativa e efectiva.

As empresas e as carreiras do futuro utilizarão tecnologias que ainda nem sequer foram inventadas hoje. Essas tecnologias necessitarão de outro tipo de capacidades dos trabalhadores. Aprendendo a usar as novas tecnologias é e será sempre importante, e também será importante aprender com a tecnologia.

A Internet permitiu que o mundo de hoje se tornasse uma "aldeia global". Pode-se frequentar cursos noutros países, conhecer outras pessoas, falar com os amigos sem pagar, fazer pagamentos sem sair de casa, etc ... As pessoas poderão trabalhar em sua casa para empresas que estão do outro lado do mundo, enquanto as empresas se tornam globalmente mais competitivas.

Então, como deve ser a aprendizagem no futuro?

Para responder às necessidades do mundo em mudança, a futura aprendizagem deve ter algumas das seguintes qualidades:

  • Flexibilidade de tempo/horários
  • Geograficamente independente
  • A custo competitivo
  • Centrada no aprendente
  • Fortemente tecnológica
  • Etnicamente diversa

As organizações de aprendizagem devem ter em conta esses problemas e mais:

  • Compreender que mercado servem
  • Ter atenção às necessidades dos aprendentes
  • Provar o seu valor aos aprendentes
  • Estar preparado para competir com organizações da mesma especialidade

Como resultado destes factores, podemos adivinhar algumas das seguintes mudanças:

  • as corporações vão competir directamente com as escolas e universidades.

  • Uma maior percentagem da aprendizagem (formal ou informal) será feita online.
  • Os estudantes terminarão os seus cursos com uma experiência mais alargada devido aos facilitadores da aprendizagem.

Isto seria um panorama ideal para o desenvolvimento do e-learning. Pessoalmente, penso que na próxima década haja mudanças tão significativas no nosso país quanto à diminuição de estudantes em regime presencial. Se olharmos para outros países como os EUA, notamos que apesar de haver uma oferta incomparável de cursos online, não é por isso que as Universidades e colégios têm menos alunos em regime presencial! Não penso que o regime e-learning vá ultrapassar em número de alunos inscritos o regime presencial no que se refere à primeira licenciatura. Talvez os números aumentem em outras formações ao longo da vida.

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